Audiência pública discute sobre dejetos despejados nas praias do município

por Suporte publicado 25/04/2019 10h07, última modificação 25/04/2019 10h07
É importante a união de todos os poderes e órgãos para buscar soluções para este problema

Uma audiência pública discutiu nessa terça-feira (23/04) os impactos causados com os dejetos que são despejados nas praias do Cabo de Santo Agostinho. Esgoto e lixo vêm pondo em risco o turismo, o comércio local e quem quer curtir uma programação com a família. O debate que foi promovido pelo vereador Ricardo Carneiro (Solidariedade), contou com a participação de diversos vereadores, representantes do Poder Executivo, de órgãos privados, movimentos sociais, associações, moradores das praias e sociedade civil em geral.

Proponente do debate, o vereador Ricardo Carneiro destacou a importância da união de todos os poderes e órgãos para buscar soluções para este problema. “Precisamos urgentemente nos unir e encontrar caminhos para solucionar esta agressão ao meio ambiente, às nossas praias. É preciso que possamos ter ações enérgicas e diretas no combate a essa poluição”, opinou.

A mesa foi composta pelo vereador Ricardo Carneiro, a secretária de Planejamento e Meio Ambiente, Catarina Dourado, o coordenador de Licenciamento de Suape, Bernardo Ramalho; a presidente do Trade Turístico, Tereza Cristina, Paulo Roberto e o assessor do deputado estadual Wanderson Florêncio (PSC), Breno Maciel.

“Aqui são necessárias ações integradas de fiscalização, conscientização e ação dos órgãos públicos, Compesa e de parceiros”, resume Tereza Cristina. Ela acrescenta que todos unidos numa só força entre município, Estado, País e população, conseguirá obter resultados, pois quando a praia enche, se mistura com o canal. Quem não conhece fica tomando banho dentro do esgoto e não sabe.

Segundo informações da população que mora no Litoral Sul, a água que corre para o mar cheira mal e também recebe dejetos provenientes de canos que saem de algumas pousadas e restaurantes. Quando chove, garrafas PET e outros entulhos também são arrastados até a praia.

Na ocasião o parlamentar Ricardo Carneiro, entregou a secretária de Meio Ambiente um abaixo assinado recolhido da população da praia, para que fique registrado. Além disso, um grupo de trabalho será formado para debater e acompanhar o andamento das propostas de perto. O vereador também procurou a à Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) para saber como é feita as fiscalizações, pesquisas e obter dados científicos.

De acordo com o CPRH a pesquisa é feita quando a água atinge um metro de profundidade, ponto mais utilizado para recreação. Para dizer quais praias estão próprias ou não para o banho, a agência se baseia na Resolução 274/2000, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). São checadas concentrações de coliformes fecais em amostras de cinco semanas consecutivas ou em cinco amostragens com intervalo de 24 horas. A água do mar não oferece riscos se 80% das amostras apresentar até mil coliformes por 100 mililitros. Se esse índice superar 2,5 mil/100ml, a água é considerada imprópria.

Participaram da audiência os vereadores Neto da Farmácia (PDT), Flávio Átila (PSB), Jefferson Marcos (PC do B), José de Arimatéia (PSDB), Ezequiel Santos (PT), Ronaldo Santos, Neemias José (PV), os secretários de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Moshe Caminha e Infraestrutura, Antônio Dourado, além de pastores, biólogo, Centro das Mulheres e Sintrac.